sábado, 7 de março de 2009

Lição 10 – Uma herança conquistada pela fé

Como prelúdio da lição não foi dito o motivo do título da lição, mas do desenrolar e no encaminhar do estudo iremos ver diversos pontos e dispositivos que denunciam o porquê de uma herança conquistada pela fé (grifo por entender a importância desta frase).
“Retenhamos firme a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.” (Hb 10.23)
O entendimento que perfilho está abaixo transcrito:
Números 34
16 Disse mais o Senhor a Moisés:
17 Estes são os nomes dos homens que vos repartirão a terra por herança: Eleazar, o sacerdote, e Josué, filho de Num;
18 também tomareis de cada tribo um príncipe, para repartir a terra em herança.
19 E estes são os nomes dos homens: Da tribo de Judá, Calebe, filho de Jefoné:
20 da tribo dos filhos de Simeão, Semuel, filho de Amiúde;
21 da tribo de Benjamim, Elidá, filho de Quislom;
22 da tribo dos filhos de Dã o príncipe Buqui, filho de Jógli;
23 dos filhos de José: da tribo dos filhos de Manassés o príncipe Haniel, filho de Éfode;
24 da tribo dos filhos de Efraim o príncipe Quemuel, filho de Siftã;
25 da tribo dos filhos de Zebulom o príncipe Elizafã, filho de Parnaque;
26 da tribo dos filhos de Issacar o príncipe Paltiel, filho de Azã;
27 da tribo dos filhos de Aser o príncipe Aiúde, filho de Selômi;
28 da tribo dos filhos de Naftali o príncipe Pedael, filho de Amiúde.
29 Estes são aqueles a quem o Senhor ordenou que repartissem a herança pelos filhos de Israel na terra de Canaã.

O que nos chama a atenção é o pronunciado pelos 10 espias retirando Josué e Calebe à respeito de grandes homens, ou gigantes que viviam naquela região. Irei falar mais detalhadamente deste fato mais tarde, mas apenas para acúmulo de conhecimentos veja os transcritos abaixo:

Não irei me ater à palavra gafanhoto, mas apenas para uma explicitação mais ampla do significado deste nome dito com tanta simplicidade por muitos, muitas vezes não sabemos o seu verdadeiro significado mas vamos ao que nos diz o Dicionário Ilustrado da Bíblia, Ronald F. Yungbood e F. F Bruce & R. K. Harrison:
Gafanhoto: Algumas menções são literais (Êx 10.4-19) e outras em sentido figurado (Nm 13.33). Capaz de voar, esse inseto possue dois pares de asas e era muito temido no mundo antigo por comerem plantas e folhagens. Muitos povos antigos como os israelitas comiam gafanhotos. (provavelmente deve ser esse o motivo da comparação citada pelos espias).
Na comparação feita pelos espias em compará-los com um gafanhoto, logicamente em sentido figurado, relacionando-o ao seu tamanho vemos que os gigantes eram enormes. Em outras palavras, eram realmente gigantes, enfatizando pelo motivo de haver gigantes de tamanhos diferentes. Mas porque eles enfatizaram? Porque eles sabiam, pois viram, que existiam gigantes de tamanhos médio e superiores (para efeito de comparação). Se formos para a medição vemos que um gafanhoto hoje em dia tem um tamanho de aproximadamente 3 a 5 cm no máximo. Se formos para a área de matemática vamos verificar que em relação ao homem normal o gigante que os espias relataram eram homens de tamanho aproximado a 40 vezes o tamanho de um homem normal. Embora que diminuamos essa conta para 10 vezes imaginemos pois 10 homens um em cima do outro, realmente era de se temer mas Calebe e Josué sabiam que não estavam só nessa batalha e que o Deus dos exércitos estava com eles.

Seria essa a imagem de um gigante comparada pelos espias:














Calebe logo no início ainda quando Moisés estava vivo, fora escolhido para ser representante da sua Tribo Judá, e já era da idade de 40 anos. Foi escolhido para espiar a terra de Canaã no capítulo 13 de Números. Vemos no relato que foram enviados com ele juntamente, Josué e mais 10 homens cada um representava uma das 12 tribos de Israel. Ao voltar após passarem 40 dias espiando a terra falaram mal da terra dizendo que ela era responsável por engolir homens vivos e que lá existiam gigantes, dos quais falei no parágrafo anterior. Começaram a maldizer a terra. A bíblia nos relata que eles infamaram a terra e por isso Deus se entristeceu. O que se pode extrair do texto sagrado é que eles começaram os seus relatos se referindo a coisas boas da terra (Nm 13. 27), mas logo depois começaram a colocar pedras no caminho, constatamos, nós leitores, que isso se mostra uma verdadeira antítese, ou seja, inversão de sentido pois uma hora eles falaram coisas boas e logo depois colocaram uma quantidade significante ou verdadeiro amontoado de pensamentos negativos (Nm. 13.28-29).
Calebe como homem de fé e sempre pronto a apontar as falhas para posterior correção, prontamente deduz não existir barreiras para o povo de Deus, pois o que temer o povo de Deus quando Deus está com ele. Prosseguindo vemos que o povo quase apedrejou a Calebe e Josué, mesmo em frente a Moisés. A falta de fé foi grande. Os 10 homens que subiram para ver a terra amedrontaram-se provavelmente porque presenciaram os três gigantes filhos de Anaque, um outro gigante temido por muitos naquela época. Esse fato de temerosidade é constatada por quatro versículos o citam :

1-Números 13.22
22 E subindo para o Negebe, vieram até Hebrom, onde estavam Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Anaque. ( Ora, Hebrom foi edificada sete anos antes de Zoã no Egito. )

2-Números 13.28
28 Contudo o povo que habita nessa terra é poderoso, e as cidades são fortificadas e mui grandes. Vimos também ali os filhos de Anaque.

3-Números 13.33
33 Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos.

Também está escrito no livro de Deuteronômio, não podendo deixar de citá-lo:

4-Deuteronômio 9.
2 um povo grande e alto, filhos dos anaquins, que tu conhecestes, e dos quais tens ouvido dizer: Quem poderá resistir aos filhos de Anaque?

Mas o talvez perguntemos a nós mesmos o porque de tão grande temerosidade, será porque esses homens eram apenas gigantes, ou outro fato se pode untar a isto?
A resposta é a seguinte:
Anaque era um destemido gigante, e que dele veio seus descendentes os anaquins, uma raça (podemos assim dizer) de gigantes. Eles olharam pelo lado material. Não atentaram para Deus e acabaram vencidos pelo medo, por este motivo começaram a profanar e caíram novamente no pecado que Deus odiara a muito tempo atrás, a murmuração. Por causa de 10 homens, todo o “povo de Deus” começou a temer e Então, levantou-se toda congregação, e alçaram a sua voz; e o povo chorou naquela mesma noite. Façamos pois uma parada, e pausadamente vamos nos debruçar sobre esse versículo (Nm 14. 1) compreendendo que grande era o povo de Israel, cerca de doze tribos distribuídas e todos choravam e lamentavam por algumas palavras que com muita veemência penetrava nos corações do povo de Deus e os atemorizava. É bom ressaltarmos mais uma vez que a palavra fala TODA A CONGREGAÇÃO, isso quer dizer que não restou se quer uma pessoa que estivesse obstinada daquele ato de súplica e temor, repisa-se :toda a congregação chorou, repetindo o final do versículo.
Podemos comumente dizer que todo o povo, ou congregação chorou e outra palavra de grande ênfase que eu quero deixar em minhas singelas palavras é que alçaram a sua voz. Se pararmos e nos atermos a esse atinente conjunto de palavras, cognominando essa frase, e repetindo que frase, vamos nos deparar com um sentimento trazido para a bíblia através de grandes palavras, estas que trazem consigo poder e autoridade, porque Deus é vida e vida em abundância, e não obstante ou indiferentemente, sua palavra é vida; podemos comprovar com exatidão que os gritos eram de tal modo alarmantes, visto que se colocarmos pessoas num campo de futebol do tamanho do Maracanã (apenas para ilustrar) vamos ver que seria um barulho atroador, e que atemorizava o povo ainda mais. Para agravante de conhecimento, retirando do dicionário Aurélio, a palavra alçar, ou melhor dizendo o verbo alçar quer dizer Erguer, Elevar, sobressair, ensoberbecer-se, engrandecer-se (com certeza relacionado à tonalidade de voz).
O pecado da murmuração foi então mais uma vez posto em prática já no versículo 2. Pecaram e murmuraram contra Moisés e Arão. Ora disseram eles que seria melhor que morressem no Egito ou morressem no deserto. Pois não demorou muito para que a justiça de Deus fosse posta em prática. Deus sentenciou-os e puni-os de forma agravante, proporcional ao pedido feito por eles. No versículo 12 do mesmo capítulo em síntese pode-se notar que Deus havia falado a Moisés o que ocorreria com o povo:
“Com pestilência o ferirei, e o rejeitarei e farei de ti povo maior e mais forte do que este.”
Mas moisés com toda a sabedoria pede ao Senhor que lhes seja longânimo e grande em beneficência, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente e visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração. 19 Perdoa, rogo-te, a iniqüidade deste povo, segundo a tua grande misericórdia, como o tens perdoado desde o Egito até, aqui.
20 Disse-lhe o Senhor: Conforme a tua palavra lhe perdoei;

Durante o interstício dos versículos 22 a 24 do capítulo 14 de Números, vemos que Deus os pune não com a morte imediata a todos como prometido nos versículos anteriores mas os pune com a inobservância, ou seja, não veriam, ficariam inertes após a medida à eles imputada. Mas concernente aos 10 espias que subiram foram eles mortos com pragas (36 - Ora, quanto aos homens que Moisés mandara a espiar a terra e que, voltando, fizeram murmurar toda a congregação contra ele, infamando a terra;
37 - aqueles mesmos homens que infamaram a terra morreram de praga perante o Senhor.)

Sem delonga, eles não veriam mais a terra prometida, antes prometida aos pais de Moisés (Nm 14. 23). Um pouco mais à frente Deus lembra-se (em outras palavras faz referência, pois Deus não esquece de nada) dos dois homens que disseram coisas boas da terra e que lembraram-se das coisas que Deus havia feito no deserto até aquele momento, e que tinham confiança em Deus. Não obstante Deus faz menção aos nome de Calebe. Não se sabe o motivo, o porquê de Deus não falar no nome de Josué, mas como Deus conhece os corações, somos servos e devemos obedecer-lho (sem mais comentários).
Começa aqui a promessa feita a Calebe filho de Jefoné (Nm 14. 24). Uma palavra bastante interessante, faz-nos perceber que Deus não permitiu que o povo dele enfrentasse os Amalequitas e os Cananeus, não sabe-se o motivo, mas subentende-se que o povo estava fraco e temeroso pelo que lhes havia assolado pelas palavras dos espias dantes mortos.
Passado-se 45 anos, já no capítulo 14 do livro de Josué, durante a duodepartição das terras, Calebe aparece novamente para fazer a menção. Prova de que ele era homem de fé, e que esperara 45 anos (Js 14.10) por uma coisa que Deus lhe havia prometido.
No versículo 12 Calebe faz uma reivindicação de um direito a adquirir. Herança esta já dantes mencionada em parágrafos deste texto. Fazendo uma retratação do texto citado, santo, vamos verificar a sua impetuosidade:
12 Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia; porque tu ouviste, naquele dia, que estavam ali os anaquins, bem como cidades grandes e fortificadas. Porventura o Senhor será comigo para os expulsar, como ele disse.
Entende-se portanto que ele faz com veemência o uso do verbo “dar” no seu sentido imperativo, ou seja, requerendo o direito a ele conferido a 45 anos atrás.

Calebe era filho de Jefoné, o quezeneu. Quezeneu (ou Quezenita) o identifica como pertencente a uma família endomita, de destaque, descendente de Elifaz, o primeiro filho de Esaú. Não foi fácil para ele ter que enfrentar os gigantes daquela terra à ele prometida, cujo nome era : Hebrom.
No versículo 11 podemos ver a força de Calebe, transladado algumas partes da passagem bíblica vemos: “Qual a minha força então era, tal é agora a minha força, para a guerra, e para sair, e para entrar.”
Pois já na idade de 85 anos Calebe foi e venceu a batalha e conquistou o que lhe fora dado por herança. Derrotou os três filhos de Anaque (pescoço comprido), Aimã, Sesai (esbraquiçado) e Talmai. Temos como desfecho de história como homem corajoso, destemido, guardião das promessas de Deus: Calebe. Devemos hoje ser como Calebe, ele representa a igreja de Cristo na terra, pois nunca devemos desistir. Se Deus nos prometeu a vida eterno devemos buscá-la, e no momento certo assim como aconteceu com Calebe ocorrerá também conosco. Mas devemos estar sempre firmes e confiantes esperando a vinda de Cristo, preparados, embora cansados como esteve Calebe com os seus 85 anos de idade, mas sempre dizendo que esperamos por mais, pois não há vitória sem que haja luta (palavras retiradas de uma certa feita com o irmão Jean Claude).

Agradeço a Deus por me dar vida, e saúde, pois é por causa dele que hoje estou aqui e engrandeço o nome dele, pois ele é grande e benigno em misericórdia!

4 comentários:

  1. Shalom!

    1. CAro Jacó, vc é o mesmo JackHacker? Por que este nome de hacker? É apenas um nome ficticio, ou você é hacker mesmo?

    abraços, Pr Marcello

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  2. Resposta:
    Não sou o que gostaria de ser...; MAS NÃO SOU MAIS O QUE EU ERA. Por graça de Deus sou o que sou". [ John Newton]

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  3. Bom, eu não queria me meter, mas já interferindo, podemos dizer que o Jacó é quase um Hacker, só não é assumido.

    Digo isso porque o conheço de perto, moro duas ruas após a dele e ele é um grande amigo. Mas é também um servo de Deus, e não vai usar seus conhecimento de hacker para fins ilícitos, rs.

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  4. Hoje vamos ao culto de oração e fui convidade a ler um versiculo da Biblia e tecer um comentário, estava lendo em Números 13 os doze homens convocados para espiar a terra de Canaã, Wow!!! Obrigada Deus por eu ter procurado no google comentários sobre os três filhos de Anaque, suas respostas para as minhas perguntas escritas acima encheram meu coração e certamente hoje à noite encherão o coração dos nossos irmãos no culto. Gloria a Deus irmào!

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